sábado, 19 de janeiro de 2008

Mulher é arte

Eu sei, eu sei, parece exagero, mas os homens vão entender do que eu estou falando. Como dizia Leoni na música garotos "Então são mãos e braços/ Beijos e abraços/ Pele, barriga e seus laços" em que exalta todos os pequenos detalhes da mulher. Ele conseguiu expressar de forma muito eficiente como nós homens (não todos, claro) enxergamos essa obra de arte.

E não estou aqui só falando de bunda, seios e derivados. A parte sexual, o corpo, é um caso a parte, não é disso que eu estou falando. Eu me refiro à curva do pescoço que se expõe quando ela prende o cabelo, ou das costas expostas num vestido com decote atrás, ou quando ela aparece de cabelo molhado, as mãos, os olhos, o sorriso. É como admirar um Monet, onde você vê as pinceladas, as cores, os detalhes, ou quando você presta atenção num solo de guitarra numa música ou nos muitos instrumentos que a compõe. Pequenos detalhes.

Apreciar a mulher como arte não é de hoje, os antigos já procuravam nelas proporções áureas, o número de ouro, para tentar explicar a origem da beleza, para tentar padronizar o subjetivo. A meu ver eles falham miseravelmente. A Mona Lisa, por exemplo, é toda feita baseado em proporções áureas, no entanto é aquele bucho que todos conhecem. Porque a beleza não está, muitas vezes, no conjunto, e sim em um detalhe pequeno que destoa do conjunto, ou o conjunto harmonioso que esconde alguma imperfeição. Por exemplo, a Jennifer Aniston é linda, mas o nariz dela é feio. A Nicole Kidman é linda, mas o nariz dela é algo sem comparação! Tanto que quando o mudaram no filme "As horas", ela ficou bem estranha. A Catherine Zeta Jones tem o rosto mais harmonioso que eu conheço, mas ela é tão bonita que enjoa. Não existem imperfeições nela. E o que realmente diferencia uma arte da outra são as pequenas diferenças, as peculiaridades.

Um exemplo do que digo são as covinhas nas bochechas. Elas aparecem devido a um músculo lateral que fecha a mandíbula, que é duplo ou bífido nos portadores dessa característica. Em muitas culturas elas são vistas como um atrativo e acredita-se que é porque geralmente bebês têm covinhas (que podem sumir tardiamente na vida), dando a idéia de que mulheres que as possuem, transmitem uma imagem de juventude. Seja o que for, mulheres que possuem covinhas chamam atenção quando sorriem. Essa característica é devido a uma diferença morfológica, uma característica genética que não padroniza as mulheres, pelo contrário, as diferencia, as afasta do padrão. Se todas tivessem covinhas, as poucas que não tivessem chamariam atenção, não pelo padrão, mas pelas diferenças.

Muitos que lerem esse texto vão dizer: "Meu, olha o detalhe que esse retardado tá reparando! No nariz das mulheres!", mas isso é arte! É reparar no ínfimo, na nota de rodapé. Tudo é observável e passível de admiração. E todas as mulheres têm algo para se admirar, é só olhar atentamente, todas têm algo que as tornam únicas. Por mais que os quadros do impressionismo sejam muito parecidos, nenhum é igual ao outro, assim como as mulheres.

Sou bem fã da música do Leoni, mostra essa idéia de "mulher é arte", de admiração. Assim como a música “Eu gosto de mulher” do Ultraje a Rigor, um pouco menos poética, mas tão verdadeira quanto. E a grande vantagem de se admirar essa arte é que ela permite uma certa interatividade, não é mesmo?


(Obs: Essa observação é para os cientistas. Eu sei que existe um padrão de beleza provado cientificamente. Todo o meu texto é achismo, mas um achismo fundamentado. Não deveria escrever isso aqui porque enfraquece o meu argumento, mas minha reputação de biólogo vale mais do que meu poder de argumentação. Mesmo assim, por mais que exista realmente um padrão de beleza, ele ainda pode ser subjetivo, visto que o padrão é generalizado.)

4 Comments:

Eek! said...

Quase fiquei excitado com esse texto... se eu fosse uma mulher e lesse isso eu dava pra voce... sem brincadeira, vc conseguiu colocar num texto o romantismo mais realista (por mais paradoxal que isso seja) que eu ja vi!

e serio, esses detalhes fazem a diferenca, separam as meninas das mulheres...

Anônimo said...

Realmente é o romantismo misturado com a realidade! Já disse tudo...
Bom demais!
Agora sou visitante assídua!
Bjos

Candida de Souza said...

=)

Reh!
Eu sou mulher!!!

* Apesar de não ter covinhas na bochecha e ter o nariz feio...

=/


kkkkkkkkkkk
Eh ondaaa!!!
Gostei, primo!
Com o teor um tanto quanto sério, mas é típico de um biólogo cientista, né?

Bjãooo

Edwin said...

"Futebol, mulher e rock and roll meu deus como isso é bom!" essa música diz tudo!